segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dilma lá!


Acabou a palhaçada, digo, a eleição. A primeira presidente mulher do Brasil, vai, a partir de janeiro do ano que vem, dar continuidade ao trabalho feito por Lula. O molusco tanto fez que conseguiu, e colocou a Dilma Rousseff à frente do cargo mais importante da nação. Mas até chegarmos nesse fato, muito foi feito por ela própria e, é claro, pelos seus oponentes.
Oponentes estes que, nessas eleições, dividiram as atenções com a protegida de Lula de maneira inédita. Ficou até difícil dizer quem era protagonista e quem era figurante durante os debates transmitidos pelos principais canais abertos da TV brasileira.
Se às vésperas da escolha do presidente muitos pensavam que o foco da mídia seria voltado apenas para os três principais candidatos (Dilma, Serra e Marina), viram que a coisa não foi bem assim. Eis que surge a voz do socialismo, através de Plínio de Arruda Sampaio. Em defesa da igualdade socialista, ele quis ser ouvido – e foi. O até então desconhecido representante do PSOL e defensor do projeto Legalize Já mostrou que, aos 147 anos de idade, ainda tinha saúde para encarar a batalha pelo poder. Viva o socialismo!
E a Marina Silva? Essa virou moda. A candidata do Partido Verde surpreendeu cientistas políticos, jornalistas e onças pintadas ao conquistar um grande número de votos. Acostumada a tirar leite de pau – já que passou boa parte de sua vida trabalhando como seringueira – ela provou também que tirar leite de pedra é possível e contou com o apoio de milhões de pessoas ecologicamente corretas.
Agora vamos ao que realmente interessa. O hipocondríaco José Serra continuou focando em seus programas os problemas da saúde no Brasil e quase encostou na Dilma. Parecia que nada ia parar o homem. Não teve bolinha de papel, rolo de fita adesiva nem bandeirada petista na cabeça que o derrubassem. O Simpson tupiniquim só parou mesmo porque nordestino que é nordestino manteve a peixeira na mão e jogou a Serra pra lá.
Então, Dilma foi a grande vitoriosa. Ao contrário de Lula, o povo estava cheio de dedos, mas acabou optando pela pseudobúlgara. A baixinha, briguenta e dentuça, que tem um amiguinho que fala errado – pasmem: não é a Mônica – está com o moral elevado. A mulher demonstrou ser cabra macho e encarou a desconfiança das multidões de peito aberto. Se ela é mesmo fiel seguidora de Lula, concordo com o palhaço Tiririca: pior do que está, não fica. Impossível não falar nele.
Em relação à candidatura de Tiririca, Romário e a enorme quantidade de votos dada à Mulher Melão, ao ex-pagodeio Netinho de Paula e a todas às outras celebridades espertinhas, eu só tenho um questionamento a fazer: será que em algumas urnas espalhadas pelo Brasil, a palavra “CONFIRMA”, escrita no botãozinho verde da máquina, foi substituída pela palavra “FODA-SE”? Só pode...