sábado, 7 de agosto de 2010

Coisas da vida

Algumas coisas não têm preço. E quando digo “coisas”, quero dizer “coisas” mesmo, sem nenhuma intenção subjetivada. Existem determinadas criações que, para mim, são mágicas e conseguem passar por cima de qualquer um que queira me provar o contrário.
Aí vai um exemplo: o aparelho de ar-condicionado. Como todos sabem, vivemos em uma região do país conhecida nacionalmente pelas altas temperaturas e o clima abafado. E o que seria de nós sem ele, o aparelho de ar-condicionado? Eu, particularmente, nunca iria a um cinema que não tivesse o seu ambiente refrigerado. Dentro de hospitais, o equipamento também é fundamental, e nos carros nem se fala. Mas uma coisa me incomoda: que ideia foi essa que alguns estabelecimentos como bares, casas de festa e certas boates tiveram de climatizar os seus sanitários e apenas os seus sanitários, esquecendo de todos os outros ambientes? Eu vou comer no banheiro? Vou dançar no banheiro? Vou comemorar a minha formatura no banheiro? Não! Mas, deixando esse fato de lado, eu reconheço: gostaria de dar um caloroso abraço de agradecimento no inventor do primeiro projeto de ar-condicionado moderno, o americano Willis Carrier.
O clip para papéis é outra invenção para se tirar o chapéu. Afinal de contas, é ele que segura e une os nossos documentos. Podemos tirá-lo quando quisermos e ele não rasga nem causa nenhum tipo de dano ao papel. Genial! Ele pode ser achado a qualquer momento, dentro de nossas gavetas e em cima de mesas ou escrivaninhas – assim como também pode ser perdido, tornando o objeto ainda mais divertido e útil. Muitos usam o clip também para brincar enquanto falam ao telefone ou até para limpar as unhas, sendo esta última prática pouco recomendada. Eu gostaria de dar um abraço no americano Samuel Fay, idealizador do primeiro instrumento que se assemelhou ao clip atual. Obrigado Samuel.
Agora, o que dizer do macarrão instantâneo, ou, como estamos acostumados a chamar, o miojo? Em minha opinião, o miojo há muito já virou o principal símbolo que representa o processo de globalização do ser humano. Um tipo de alimento que, ao ser preparado, não toma muito do nosso tempo, não custa caro (facilitando a vida de estudantes, pirangueiros e empresários falidos) e ainda pode ser misturado a qualquer outra coisa – ovo, carne, sardinha, besouros e restos de comidas de ontem. Quem não gostaria de dar um efusivo abraço de agradecimento no chinês Momofuku Ando, o legendário criador do macarrão instantâneo?
Por fim, declaro o meu apreço pela maior invenção de todos os tempos. Ela, que é considerada mais importante do que telefones, satélites espaciais, computadores e até seres humanos. Já sabe do que estou falando? Exato! A Coca-Cola! O líquido mais precioso do universo. Desentope pias, serve como óleo bronzeador, é utilizada em experiências científicas mirabolantes, determina o modo de se vestir do Papai Noel, é usada como estimulante durante as madrugadas de estudo ou trabalho e ainda é inexplicavelmente gostosa, entre outras coisas. Não me estenderei muito ressaltando os valores desse tesouro, pois não acho que haja papel suficiente no mundo. E não, eu não estou fazendo a propaganda da Coca-Cola. Ela não precisa. Estou fazendo a propaganda do saudoso John Pemberton, americano que deu vida à primeira fórmula do refrigerante mais consumido do mundo. Obrigado, John. Um forte abraço!

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